Hoje em dia existe uma tendência em considerar o multitasking ou multitarefas como uma virtude, como uma capacidade essencial de um bom profissional.
Mas será que estamos a interpretar esta característica da forma correta?
Se olharmos as ofertas de emprego, a maioria delas apresenta como uma característica de perfil essencial, o candidato ter capacidade de multitasking. Mas o que realmente os empregadores pretendem quando solicitam esta característica?
A maioria das pessoas interpretam este pedido como a capacidade de desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo, mas esta é também uma das práticas mais anti produtivas que existem!
Quando tentamos fazê-lo, não estamos a realizar nenhuma das tarefas a 100%, existe uma enorme probabilidade de não as concluir com excelência e estimulamos a perda de foco.
Muito mais importante que promover a necessidade de ter colaboradores multitarefa, é promover a consciência em cada um em relação às tarefas que têm a realizar e dar-lhes ferramentas (muitas delas comportamentais) que lhes permitam uma boa organização das mesmas e uma boa gestão de tempo.
É muito mais produtivo saber que tarefas devem ser realizadas de forma prioritária, que tempo deve ser despendido com cada uma e ter foco para realizá-las com princípio, meio e fim.
Estas deveriam ser as capacidades que os empregadores procuram: a organização e a produtividade.
Mas atualmente, com a enorme exigência que recai sobre nós e a quantidade tremenda de estímulos aos quais somos expostos, existe uma confusão generalizada sobre o que é ser produtivo.
Mas isso fica para outra publicação…