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Somos uma geração rica em novidades, tecnologia, avanços e descobertas, mas também somos uma geração pobre em tempo!

A maioria de nós não tem métodos, técnicas ou ferramentas para lidar com isto e melhorar a sua qualidade de vida.

No fundo, todos nós somos bafejados com a mesmas 24h para “gastarmos” como acharmos melhor, mas o grande problema é que não sabemos como fazer delas um “investimento”.

O nosso foco e energia estão direcionados para algo que foi sendo construído no nosso subconsciente e que nos vai comandado: as nossas crenças.

Acreditamos que o sucesso está diretamente relacionado com as horas que entregamos às ações que nos geram valor e é com essas ações que trocamos o nosso bem maior: o tempo.

Mas no fundo, o VALOR que essas ações efetivamente nos geram é diminuto!

Desde a infância que a maioria de nós foi ouvindo que só quem trabalha muito é que atinge o sucesso, é que consegue ser alguém na vida, é que consegue enriquecer. E com essa crença vamos traçando o nosso caminho.

Desgastados, infelizes e revoltados, pois os resultados desse trabalho árduo muitas vezes estão aquém do esperado ou do que nos foi “prometido”.

Além disso, o peso do que temos que abdicar é tremendo. Pois na maioria das vezes abdicamos de nós mesmos!

As dúvidas instalam-se na nossa mente e perguntamo-nos por que razão não obtemos o que nos era devido, com todo o esforço e luta que doamos diariamente.

Perguntamo-nos o que fizemos de errado, o que temos para não merecer o mesmo que os outros, porque fomos abandonados e esquecidos por alguma entidade maior.

Mas no fundo, a única diferença, é que temos bloqueios e focos que nos retêm, que travam a nossa evolução e que nos conduzem por um caminho agreste, acidentado, obstruído e espinhoso.

Não conseguimos olhar para nós e reconhecer a nossa identidade. Andamos perdidos de nós mesmos, sem saber o caminho que queremos percorrer. Amaldiçoamos o nosso dia-a-dia, mas somos avessos à mudança.

E o primeiro passo que temos de dar é desbravar caminho em direção à consciência: o que realmente gera valor para mim, onde realmente quero investir o meu tempo, que mudanças se impõe para não condicionar a minha felicidade.

Porque este evoluir todo que nos rodeia, deveria possibilitar-nos uma melhor utilização do nosso tempo e não o contrário.

Sentimos que temos que dar mais que o outro para sermos notados em vez de darmos melhor. Mas por vezes não sabemos o que é dar o melhor, pois também não sabemos qual é o melhor de nós que temos para dar.

O termo de comparação que usamos está errado, pois comparamo-nos repetidamente com os outros, em vez de nos comparamos connosco e com o nosso eu de ontem, travando assim a nossa evolução.

Além de uma geração sem tempo, estamos a transformar-nos numa geração sem identidade.

Somos uma geração onde os indivíduos têm dúvidas quanto aos valores que os regem, têm dúvidas quanto ao legado que querem deixar, como querem ser reconhecidos, como querem relacionar-se com os outros, quem querem ter ao seu lado, que futuro querem construir, que ideias os definem ou que ideias os afastam, que lutas querem travar, que sentimentos querem experienciar e que vida querem viver.

Somos uma geração “sem”, à espera que algo aconteça, mas que pouco quer participar nos acontecimentos.

Somos uma geração que foi acumulando inúmeros “sem”, criando uma bomba relógio prestes a explodir, que na maioria das vezes não rebenta e muda tudo à sua volta, mas implode, criando um monte de entulho difícil de remover.

Mas tudo pode mudar!

O ciclo vicioso, que começa na nossa mente e no nosso ser mais profundo, tem que ser quebrado e temos que recuperar a nossa individualidade, brindando o mundo com a nossa contribuição.

Seria um desperdício que nós, com toda a complexidade da qual somos feitos, não tivéssemos algo de muito especial para deixar como contributo.

Foque-se nisso, liberte-se das suas crenças, deite abaixo os seus bloqueios e ponha de lado os seus medos e deixe que a sua forma única de ser imprima uma pegada única por onde passar.

Solte-se das amarras de uma geração “sem”, e comece a construir uma geração “com”…

Pois o mundo esperou todo este tempo por si!

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